domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quanto tá o jogo?

Foi pensando que era estrela que eu virei cometa.
Achando que praticava a paz, virei a própria treta.

Achando que tinha quem corria comigo, malsabia do perigo.
que na hora do alto e bom soco o que sobrou foi bem pouco, que vale muito.
que faz por muitos.

ela trouxe o seu tambor, fez barulho, sambou, fez amor.
me arranhou, por dentro e por fora e eu entendi que tava na hora.
de acabar com a demora, de por fim em quem só enrola.

na hora do sim ela mostrou que tava aqui pra mim.
que eu podia pegar na mão, no braço, então eu soube
que dei um passo, que no corre ela não pede tapete vermelho,
SÓ UM ABRAÇO.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Olha só o que essa vida traz

Olha só o que essa vida traz,
O peso e a pena, leve e amena.

Novo é o nome, novo não é mais o que se espera.
O que se aguarda é abrir outra porta
Com o peso e a pena.

Presente da vida torta.

Se andando na calçada ou na rua,
Pouco importa, a noite é nua.
E se esgota. Bem-vinda, vida crua.

Real é o nome da moeda e da vida,
troco torto e agora abriga
o novo sem nome,
o nome do novo é

Presente da vida torta.

Não fui feito de promessa,
o que se começa, não se regressa.
Mostrar o novo ao mundo
Amor é o que interessa.

E o que era calmo,
E o que era pouco,
E o que era inocente.

E o que era,
E o que era,
O que eu era,
Não me chamo Ontem, o minuto passado já era.

Cinza tipo meio tom

Eram as cores que traziam o drama. Por não ver o par como o gato vê o prato, a existência da cor é que incomodava.

Sabia que o 50% preto + 50% branco dava cinza, uma cor morna, uma cor sem forma, destoava de tudo que esperava.

O fim era quem batia na porta quando se queria o verde, azul, vermelho e amarelo e o que chegava era cinza magrelo, nem descalço, nem de chinelo, apenas um cinza em que parecia faltar tudo, inclusive o belo.

Cinza não é menos, nem mais, nem é isso, não é aquilo, não cheira bem, nem cheira mau, cheira estranho, tem cheiro de coisa normal. E onde estavam os novos tons? Onde a inspiração multiforme tomava tento e aparecia pro rebento?

Pois é claro que cor é estilo de vida, e também estilo de morte.

Estar de passagem incomodava. Não marcar, nem marcarem, mais ainda. Pra onde foi? Já tive cor? Cinza é muita dor, exatamente por não doer nem pouco, nem muito.

Não sabia que a cor estava pra chegar bem quando se deitasse,
só não sabia que acordar em outra vida iria.
Não era mais cinza em cor, não era mais Maria, era pó, sem expressão de alegria, era um nó que a falta do intenso fazia.

sábado, 21 de agosto de 2010

O barulho da inaudível

Fazer média com o próprio cérebro,
acostumá-lo com a história do grande caso de conflito.
passo, não trava meu grito.

esse que as vezes faz um barulho inaudível,
esse que eu não torno acessível.

Compilar todas ideias em um rolo compressor,
de massa encefálica.
Sem saber o que é alto ou baixo,
foi nessa que falei 'agora me acho'.
Sei meu pra frente, com percepção
da necessidade de rir e de ir pra outro lado.

Na hora que precisar,
não hesito em recomeçar

Não tomei tanto soco da vida
pra um dia esquecer que a posição da cabeça é erguida

domingo, 19 de julho de 2009

A tal da sintonia

Fora, nas ruas, por aí, por lá.
É tudo um ciclo? Vai se fechar?
A palavra teve esse poder, me impediu, me feriu, mas acabou.

A mudança tem que começar por fora ou por dentro?
O que faz mais efeito?
Questionamentos sem fim, encontro sem fim, esse fim é o de finalidade.

Originalidade para proteger, autenticidade para manter um padrão,
Um raciocício mais frio para escapar da agressão do tempo.
Ele cura e fere.
A falta dele burla a razão.

Mais sentimento não faz mal não.